Deixe seu rosto ao entrar;
Deixe seu rosto ao sair...
Do seu rosto irá tudo limpar...
De quem você é, irá se despir...
Ao sair do que se é...
Deixar aquilo que lhe prende;
Ao aumentar de si, para o todo, a sua fé...
Um reflexo de sua face ao que não se entende,
Ao que não é para sempre...
Caminhe por horas até onde lhe der pé; (...)
É um desconstruir da própria imagem,
Desfazendo-se a cada vez que se olhar...
Talvez se afastando do que reflete o selvagem
Ou do humano, ao começar a se embrenhar.
Alguém irá conseguir...
Se desfizer ao que começar...
Do seu rosto se extinguir...
Ao que se é desperdiçar...
Deixando o seu rosto ao entrar...
Para o que ainda pode vir...
Para o que irá lhe incomodar;
Deixe o seu rosto ao sorrir,
Quando começar a se enveredar...
Ao que se coloca a refletir...
Ao que não irá lhe poupar;
Deixando o seu rosto ao se lembrar...
De deixar o seu rosto, desta vida, ao sair,
Quando não se reconhecer ao se olhar... .
Nome da Obra: DEIXE SEU ROSTO AO SAIR
Autor(a): ÉDER LUIS GONÇALVES MENDES
Linguagem Artística: Poesia
Categoria: : Categoria 4 (categoria aberta: 18 anos de idade ou mais)
Edição: 2022
Descrição da Obra
Como o desconstruir do ser forma um novo e mais vivo ser e mais renovado ao olhar de fora para dentro, e, o mais importante, de dentro para fora...